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Foto do escritorLuis Gaban

Falta de investimento à pesquisa, faz a Bahia perder talentos

Atualizado: 22 de jul. de 2022


A Fapesb (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia) tem sofrido com o corte contínuo de investimentos nos últimos anos. Desde 2015, o governo do estado vem reduzindo recursos que envolvem editais de pesquisa e inovação, além do número de bolsas. Adicionalmente, é importante destacar que os valores das bolsas de pesquisa na Bahia são menores frente a vários estados brasileiros.


Para se ter uma ideia exata da situação, a Fapesb paga R$ 1.500 para um aluno de mestrado. Já quem faz doutorado, recebe bolsa de R$ 2.200. É importante ressaltar, que um mestrado é realizado em dois anos e o doutorado em quatro. O estado de São Paulo, por exemplo, paga o dobro desses valores, que são claramente insuficientes para moradia, alimentação, saúde e material de pesquisa. No Nordeste, os estados de Alagoas e Pernambuco também possuem valores superiores às bolsas.


Os números não mentem: de 2015 a 2021, segundo dados do Portal de Transparência da Fapesb, a fundação deixou de executar o orçamento em mais de 100 milhões. Só no ano passado R$ 76.944.797,09 do orçamento deixaram de ser executados.

Fomos surpreendidos com a exoneração do presidente da Fapesb, Márcio Gilberto Costa, um pesquisador sério e competente, que encaminhou a demanda dos bolsistas do estado. Para quem não se lembra, no final de março deste ano, um grupo de pesquisadores protocolou, junto ao governo, um documento em que eles reivindicam o aumento nas bolsas de estudo, junto a um abaixo-assinado com a assinatura de mais de mil assinaturas.


Infelizmente, este é o cenário da pesquisa científica na Bahia. E onde não há cuidado e investimento para com esse setor tão importante para o desenvolvimento, não há avanço. E quem perde com tudo isso é a sociedade baiana e brasileira.

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